ERÓTICO
ATÉ QUASE A ANTEPENÚLTIMA PALAVRA...
(Autor:
Antonio Brás Constante)
Ele entrou no quarto
escuro, sabendo que ela estaria lá, na cama, a sua espera. Nua, e completamente
louca por sua chegada.
Aos poucos ele foi se
despindo, sabia que assim seria mais fácil sentir seu corpo junto ao dele, sem
nada para atrapalhar aquele momento.
E assim tudo começou. Mal
ele se deitou e ela já pulou toda saltitante e insinuante para cima dele. Ela
queria chupá-lo, percorrer cada centímetro do seu corpo, morder sua pele,
arrancar seu sangue. Parecia enlouquecida em toda sua
devassidão.
Ele se contorcia na cama,
procurava por ela com suas mãos suadas que viajavam no escuro, ansiosas para
tocar aquele ser pulsante que lhe enlouquecia de uma forma inexplicável. Eles se
reviravam no leito de, entre os lençóis, sem qualquer pudor, em busca de uma
melhor posição.
Ali entre quatro paredes
tudo era possível e permitido. Eles estavam tão próximos, que aos olhos de quem
por ventura conseguisse enxergá-los através do breu da escuridão, veria apenas
um corpo ofegante e não dois.
O tempo parecia não passar
diante deles. Tudo que ela queria era consumar-se no corpo daquele homem,
enquanto ele queria apenas poder tê-la mais do que nunca sob seu domínio,
completamente submissa aos seus anseios.
Ela, atrevida, caiu de boca
sem dó nem piedade no corpo quente e transpirante do homem que estava deitado
junto de si, e ao toque de sua boca, cravada na pele, ele não conseguiu segurar
um gemido abafado.
As mãos dele finalmente
encontraram o corpo macio daquela fêmea. Eram mãos firmes e fortes. Ela não
resistiu a elas e, completamente lânguida, se deixou entregar como nunca havia
se entregado antes. Era impossível resistir. Ele segurou-a com firmeza. Não
queria perde-la. Apertando-a mais e mais... Até esmagá-la. MALDITA
PULGA!.
Nenhum comentário:
Postar um comentário