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15/11/2019

Resenha: A Intuitiva - Hannah Howell

Título original: If He's wild
Gênero: Romance de Época
Páginas: 224
Editora: Lua de Papel
Classificação: 4/5
Comprar: Saraiva
Em A Intuitiva, terceiro livro da série Família Wherlocke, da norte-americana Hannah Howell, conhecemos a história de Alethea Vaughn Channing e do Lorde Hartley Greville. Apesar de ter gostado do romance do casal e da trama criada pela autora, não me envolvi tanto com este livro como aconteceu com os anteriores da saga e talvez isso tenha ocorrido por eu não ter me afeiçoado tanto assim com os personagens do enredo.

A história se passa na Inglaterra do século XVIII e, assim como os seus demais familiares, Alethea possui dons especiais e totalmente desprezados pela sociedade da época. Desde pequena, ela sonha avidamente com o rosto de um homem desconhecido e, quinze anos depois, as visões ainda tem sido recorrentes. Desta vez, a moça prevê um grave risco de morte para este exótico estranho e sabe em seu íntimo que, de alguma forma, precisa encontrá-lo e alertá-lo, mesmo com todo o ceticismo que isto pode gerar.

Lorde Greville é espião da Coroa e um homem extremamente sedutor e autossuficiente. Por mais que ele saiba e afirme que consegue se proteger sozinho, algo na sinceridade da desconhecida acaba ressoando em sua alma. Ele acaba acreditando em Alethea, principalmente quando ela passa a fornecer informações importantes a respeito do paradeiro de seus dois sobrinhos, que sumiram misteriosamente após o assassinato trágico de sua irmã e de seu marido.

Durante essa busca que conta com toda a perícia do espião da Coroa Inglesa e com o misticismo do dom que envolve Alethea, surge um forte laço emocional entre os dois, que os aproxima e atrai cada vez mais. Porém, Claudete, uma antiga e perniciosa amante de Greville, resolve dar o ar de sua graça e, com isso, Alethea descobre que ela se trata de uma das pessoas mais perigosas da alta sociedade de Londres. A partir de então, a vida da jovem também passa a correr perigo e ela irá precisar contar ainda mais com os seus poderes para garantir sua própria segurança e daqueles que ama...

A Intuitiva tem um enredo promissor e ingredientes básicos de um bom romance de época, mesclando romance com espionagem e um leve toque de magia. Porém, por mais que os personagens tenham perfis interessantes dentro da história, não senti neles a química que presenciei em A Vidente e também em A Sensitiva e não sei dizer se foi a personalidade de ambos que acabou não ornando ou se foi até mesmo a falta de algo na construção do romance. Narrado em terceira pessoa de forma bem descritiva e com uma nota de suspense bem intrigante, o livro tem belos atrativos, mas acabou se mostrando um pouco inferior aos demais volumes da saga de Howell.

Alethea tem um bom coração e não hesita em usar seus poderes para ajudar as pessoas ao seu redor, arriscando até mesmo a própria vida para isso. Por mais que tenha toda uma explicação sobre a sua visão misteriosa sobre Greville, achei essa "aproximação" entre eles um pouco desnatural, o que acabou minando um pouco da química entre o casal. Outro ponto que vale ressaltar é que o romance entre eles demorou um bom tempo pra deslanchar, sem falar que também acabei sentindo falta de cenas mais apaixonantes entre os dois.

Lorde Greville não foge do estereótipo dos mocinhos de época, além de ostentar todo aquele charme de espião sedutor. Porém, achei a forma como ele encara o dom de Alethea fácil demais, a julgar pelo fato dele ser um homem instruído, muito bem apessoado e, claro, autossuficiente. Esperava que ele fosse relutar mais em acreditar nas visões da moça, até mesmo por conta de todo o ceticismo que isso acarreta, mas o mocinho foi bem conformista e permissivo com as premonições dela, o que concedeu um tom morno para o enredo.

Resumidamente, A Intuitiva nos traz um romance de época interessante, bem construído e com uma trama envolta por suspense e misticismo. Confesso que eu esperava um pouco mais de romance e química entre o casal da trama, mas, a grosso modo, gostei da história criada por Hannah Howell e também do desenlace final da mesma. A capa é muito bonita e segue o mesmo padrão das anteriores, com uma fitinha rosa lateral, porém, infelizmente, a editora continua pecando com a diagramação dos livros, utilizando uma fonte minúscula e deixando as páginas praticamente sem margens e espaçamento. Apesar das ressalvas, não deixo de recomendar.

Confiram as resenhas dos volumes anteriores da série Família Wherlocke:

►A VIDENTE
►A SENSITIVA


5 comentários:

  1. Oi Nessa,
    Eu já vi esse livro várias vezes por 10,00. Na verdade, a trilogia toda a esse preço acessível, mas acabei não comprando... Vou ficar de olho na próxima!
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  2. Oii Nessa

    Eu gosto dessa mistura de romance com espionagem e esse toque de fantasia que sempre me prende e dá um charme extra aos romances de época. Ainda quero ler essa trilogia.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  3. Oi Nessa,
    Fiquei curiosa com esse lance dos poderes delas. Pelo visto a autora conseguiu encaixar vários arcos além do romance. Quero conhecer.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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  4. gosto bastante de romance histórico e tendo esse toque de magia na história me interessei ainda mais

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  5. Oi Nessa, tenho este livro e um outro da série, comprei quando comecei a ler avidamente, mas o livro acabou ficando pra depois sabe?!
    Gostei da resenha e dos seus pontos ressaltados, não gostei de saber das letras miúdas, mas eu amo aquele lacinho!!

    Beijos Mila

    Daily of Books Mila

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