Resenha: Belas Maldições - Neil Gaiman e Terry Pratchett

O livro Belas Maldições, escrito por Neil Gaiman e Terry Pratchett, é infundado nas profecias de Agnes Nutter, que afirma que o fim do mundo acontecerá em um sábado. Essa notícia não alegra nenhum pouco ao demônio Crowley e ao seu amigo, que para ironia de todos é um anjo, Aziraphale. Eles gostam de habitar a Terra e não querem perder o seu cantinho, tanto por comodidade quanto por gosto.

Para impedir o apocalipse, eles pretendem matar o Anticristo, considerado uma das entidades mais temíveis sobre a face da Terra. Só que o Anticristo é um garoto de 11 anos, de comportamento dócil e convalescente aos pais, além de ser amante da natureza e dos animais. E como se não bastassem esses nobres detalhes ao seu respeito, ele também é indestrutível. 
Belas Maldições foi um dos livros que não conseguiram me conquistar. Desde que eu conheci a sua sinopse, fiquei ansiosa para lê-lo e cheia de expectativas, mas confesso ter me decepcionado.

Ele é bem focado em religião, sobretudo na luta do Bem (Deus) contra o Mal (Lúcifer), narrando trechos bíblicos, principalmente do Gênesis. Fica claro que o ponto de vista dos autores é bem focado no lado ateu, mas esse não foi um dos motivos que me fizeram não apreciar a leitura, já que essa é uma temática que eu gosto de me aprofundar. A questão é que a narrativa é enfadonha, imprecisa...enfim, maçante.

Os diálogos são muito confusos e com um excesso de detalhes que só serviram para atrapalhar o leitor. Um dos únicos personagens que eu gostei na trama, e que foi bem focado pelos autores, foi Crowley, mas nem mesmo ele consegue salvar a história.

Como eu disse anteriormente, nutri muitas expectativas pelo livro e talvez tenha sido isso que fez com que eu me decepcionasse com o enredo. Não vou recomendar a leitura e nem abominá-la, pois talvez possa agradar alguém...