Resenha: Azul é para Pesadelos - Laurie Faria Stolarz

O livro Azul é para Pesadelos, de Laurie Faria Stolarz, nos conta a história da adolescente Stacey Ann Brown. Stacey está vivendo em um colégio interno há cerca de um ano e a sua adaptação no local não é das melhores. Ela é uma garota simples e que possui alguns conhecimentos acerca da Wicca, e acaba não tendo tanto destaque na escola, por não ser um protótipo de Einstein ou de top model. E para piorar a sua situação, Stacey está apaixonada por Chad, ex-namorado de sua melhor amiga, Drea. 


Há três anos atrás, ela teve um pesadelo envolvendo a morte de uma garota, e esse infortúnio acabou se concretizando. Ela carrega um grande sentimento de culpa dentro de si por ter ignorado a premonição que teve, e não ter salvo a vida de uma pessoa, e fica ainda mais assombrada quando começa a ter pesadelos novamente, desta vez, com Drea. Sempre que acorda dos pesadelos, Stacey urina na própria roupa, e isso é bastante constrangedor, tanto que ela procura esconder de todos a sua volta.

Os pesadelos de Stacey ficam cada dia mais intensos e ela sente que Drea corre um grande perigo. Todos a sua volta, se tornam suspeitos em potencial, já que Drea acaba recebendo várias ameaças anônimas. Para se proteger e guardar os seus amigos, Stacey recorre a uma antiga magia Wicca, ensinada pela sua avó. Mas será que isso será o suficiente para deter esse suposto assassino? Ou ele será mais voraz do que todos imaginam?


Eu já conhecia o trabalho de Laurie Faria Stolarz através de um conto seu, Dormindo com o Espírito, na antologia Amores Infernais, e mesmo assim confesso que me surpreendi. Azul é para Pesadelos é repleto de suspense, magia e mistério, tudo na dose certa. Ela soube mesclar amor e bruxaria em uma trama repleta de segredos e sobrenatural, com maestria.


Stacey é uma personagem magnífica, que sabe utilizar a magia de modo certo, nunca sendo egoísta com o seu dom. Ela ama os seus amigos e se desdobra para protegê-los. Sua fidelidade é incrível, principalmente para com Drea. As duas tem algumas discussões ao decorrer da trama, o que é bem comum em uma amizade. Ela sempre nutriu uma paixão platônica por Chad, porém nunca desrespeitou a sua amiga e manteve os seus sentimentos ocultos no mais recôndito do seu ser. 


Em determinado ponto da trama, o romance entre ela e Chad começa a engatar, mas infelizmente não flui com intensidade devido aos acontecimentos macabros no colégio. A simbologia das velas azuis, e sobretudo, os ensinamentos Wicca, deram uma toque místico e super original a história. Espero em breve ler a continuação do livro, Branco é para magia. Vale a pena conferir!