RESENHA: A Estrada da Noite - Joe Hill

O livro A Estrada da Noite, de Joe Hill, nos conta a história do músico Judas Coyne, integrante de uma banda de rock gótico. Jude, como é conhecido pelos amigos, é fã de coisas bizarras e sombrias, e tem entre os objetos de sua coleção, uma fita de vídeo que mostra um casal de jovens sendo assassinados. Navegando pela internet, ele encontra um leilão para adquirir um paletó e junto com esse paletó, um suposto fantasma. Ele, é claro, não resiste e adquire o artefato que chega em sua casa dentro de uma caixa preta em formato de coração (sim, eu me lembrei da música Heart Shaped Box, do Nirvana...rs).

O fantasma presente no paletó nada mais é do que Craddock McDremott, padrasto da ex-namorada de Jude, Anna, que se suicidou. Craddock vai aterrorizar a vida de Jude, assim como da sua atual namorada Marybeth e do seu secretário Danny, por ele ter sido o pivô do suicídio de Anna. Craddock passa a perseguir Jude de uma forma aterrorizante, e se manifesta por aparelhos eletrônicos, como rádio, televisão e telefone, levando ele a loucura.

A permanência na casa de Jude acaba ficando perigosa demais e ele decide pegar a estrada a bordo de seu Mustang com Marybeth e seus cachorros. Eles acabam fazendo uma rápida parada na casa da avó de Marybeth, Bammy, e tentam fazer um contato mediúnico com Anna e solicitar a sua ajuda. A partir desse momento, muitas coisas vem à tona, como o abuso infantil dos personagens e o passado de Marybeth como ex-dançarina de uma boate.


A Estrada da Noite tem muitas características de terror, histerismo, correria e suspense. O personagem principal, Jude, não é nenhum modelo de bondade, muito pelo contário, é uma pessoa egoísta, mesquinha e acha que tudo e todos a sua volta são descartáveis. O livro de Joe Hill figura na lista dos livros mais vendidos da atualidade e acho que o autor faz jus a essa nomeação. Para quem não sabe, Joe Hill é filho do escritor Stephen King, famoso por obras de terror. Com certeza, Joe bebeu na mesma vertente que o pai dele, com exceção de alguns detalhes, como por exemplo, o tempo em que se desenrola a trama. Gostei do livro e creio que vale a pena conferir!