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02/02/2011

TEXTO: Zumbis e Zumbidos III (Chefes Chatos) - Antônio Brás Constante

Boa tarde pessoal! Segue mais um texto do autor parceiro do blog, Antônio Brás Constante.



ZUMBIS E ZUMBIDOS III (Chefes Chatos)
(Autor: Antonio Brás Constante)

Alguns temas sobre textos são como certos tipos de monstros que assolam nosso imaginário, quando se acha que o assunto já está morto e enterrado ele reaparece repaginado para nos atormentar novamente e de novo. Desta vez o foco do texto “zumbis e zumbidos” (se você não leu o I e o II procure na internet e devore os dois, como um morto-vivo devoraria os miolos de alguém) será sobre os famigerados chefes (apesar de me referir aos chefes de um modo geral, o assunto também cai como uma luva para muitos vizinhos, amigos, colegas, parentes, etc).

Temos por exemplo, o chefe zumbi. Ele se arrasta pelas empresas, é pegajoso, gosmento, não sabe se expressar, e quando aparece algum problema se finge de morto, e o que é pior, ele vive sugando seu cérebro na solução de problemas da empresa, e ainda leva o crédito pelo trabalho que você fez.

Outro tipo bem conhecido é o chefe vampiro que vive morcegando no serviço. Adora tirar o sangue de seus funcionários, voa para longe toda vez que tem que resolver alguma coisa, e como todo bom vampiro, vai direto na jugular se por desgraça você comete um erro, dizendo que vai querer o seu pescoço se você não resolver o problema.

Não podemos esquecer o chefe múmia, um verdadeiro clássico administrativo. Vive enrolado nas próprias funções, administrando a empresa como se vivesse no tempo dos faraós, ou seja, é uma verdadeira múmia paralítica, engessado em burocracias e rotinas sem sentido.

O chefe homem invisível é fácil de perceber, já que ele sempre some quando alguma dificuldade aparece. Ele é do tipo inconveniente, ou seja, quando tem serviço desaparece, mas quando você está resolvendo algum assunto pessoal ao telefone, ou tomando cafezinho, lendo um texto legal como este, ou mesmo contando uma piada para os colegas da repartição ele reaparece bem atrás de você, sempre com cara de quem não te paga para ficar matando tempo, por mais que você compense esses momentos de descontração trabalhando duro.

Já o chefe demônio é aquela figura que parece sempre disposta a transformar sua vida em um verdadeiro inferno. Nunca ouvimos ele falando calmamente, é sempre cuspindo fogo pela boca. O homem parece que tem o diabo no corpo, a eternidade não existe em seu dicionário visto estar sempre querendo que o serviço seja feito pra ontem. Nas mãos dele você sempre acaba pagando seus pecados e comendo o pão que o diabo amassou.

Você também deve conhecer o chefe abominável homem das neves, com seu jeito frio de gerenciar equipes. Ele não vê problemas em lhe por em uma fria atrás da outra. Gosta de deixar rastros por onde passa, dizendo que seus feitos são uma lenda, mesmo que ninguém tenha conseguido encontrar provas disso.

O chefe lobisomem é aquele que até engana parecendo gente, mas no fundo é um cachorro. Um animal corporativo selvagem, sempre pronto a estraçalhar com qualquer um que fique em seu caminho. O mérito é sempre dele e ele que não larga ou compartilha esse osso por nada deste mundo.

O chefe fantasma tem mesa, sala, um contra-cheque polpudo mas não trabalha ou mesmo aparece no serviço. Geralmente encontramos (ou não) este tipo de chefe em repartições públicas.

Enfim, neste mundo monstruoso em que vivemos. Um lugar hostil e repleto de tantas chefias apavorantes, nós devemos torcer sempre para termos como gerente o chefe SHREK, que é um monstro na hora de lutar por sua equipe, mas que dispõe de todas as qualidades necessárias que um chefe ou líder deveria ter.


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