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09/10/2010

ENTREVISTA: Diogo de Souza

Boa tarde pessoal! Hoje trago uma novidade para vocês: uma entrevista com Diogo de Souza, autor de Fuga de Rigel.

ENTREVISTA:

Qual foi a sua inspiração para escrever o livro Fuga de Rigel?
Eu sempre fui bastante interessado em pesquisas no campo da paranormalidade, na possibilidade do cérebro humano poder se desenvolver em direções totalmente novas, e na idéia de que a última fronteira da ciência é, na verdade, a mente humana. Some a isso uma paixão ferrenha por histórias de ação, livros com um ritmo alucinante e que te desafiam a virar cada página. Esses foram os dois principais ingredientes que povoaram minha imaginação quando eu estava escrevendo e bolando a trama de "Fuga de Rigel".

Teve alguma banda ou músico que você ouviu e ajudou na confecção do livro?
Não houve "uma" banda ou músico que tenha sido mais marcante, mas o processo de escrita do "Fuga" foi regado a muito Van Halen, Queensryche e Scorpions, com uma ênfase também em Asia e Queen. São minhas bandas de cabeceira, e ainda me acompanham ao longo de várias noites de escrita.

Quais são os seus escritores preferidos?
Ursula K. Le Guin é uma das que eu mais admiro. Não só ela consegue construir e te envolver em uma trama como ninguém, ela coloca um lado emocional bastante raro de se ver em romances de fantasia ou ficção científica. A sua série, "Earthsea", é uma das histórias de ficção de fantasia mais belas que já li, e leitura obrigatória a qualquer um que se identifique com o gênero.
Além dela, sou um grande admirador do estilo de Clarice Lispector, que poderia escrever basicamente o que ela quisesse e ainda sairia um excelente livro. O seu domínio sobre a linguagem, e a capacidade que ela tem de criar as emoções mais complexas na mente do leitor, com as sugestões mais breves e improváveis, é a obra de um gênio. Creio que qualquer um que escreve na língua portuguesa têm de devorar seus livros com farinha.
Logo após essas duas, não posso deixar de citar J. K. K. Rowling. Sou um fâ de carteirinha de Harry Potter, adoro a história, os personagens e a trama, e aprendi a gostar de ficção de fantasia com ela.
George. R. R. Martin é um autor fascinante. Em sua fantástica série "Uma canção de Gelo e Fogo", apresenta de forma maestral seu mundo de fantasia, seus personagens absolutamente apaixonantes, sua trama política complexa e instigante. É uma ficção de fantasia apenas no nome, porque seu enredo é realista, cruel, desesperançado, e ao mesmo tempo, mantém um quê de singelo que te compele a gostar dos personagens mais improváveis. Definitivamente imperdível.

Quais são os seus projetos futuros?
Tenho um segundo livro publicado intitulado "Abascanto, a sombra dos caídos" (www.abascanto.com.br). A história trata da existência de seres de outra dimensão que dominam o destino da Terra em segredo, e a luta deles contra um de seus dissidentes que resolve dar um basta na civilização. Este livro, aliás, está disponível gratuitamente para download em formato eletrônico, e pode ser adquirido em formato físico pela AGBook.
Além desses dois, tenho um terceiro que está já escrito e em fase de preparação intitulado "Nêmesis, o retorno de Astarot". Trata-se de uma história de magia moderna com um toque de ação que não poderia deixar de faltar em um livro meu. O enredo fala de uma família de magos que aprisionou um grande demônio chamado "Astarot" no final do século XIX. Agora, a prisão de Astarot está prestes a ser rompida, e a chave para seu despertar é uma garota que nem ao menos imaginava que magia era possível.
Estou começando agora o processo de criação de meu quatro trabalho, cujo título provisório é: "As crônicas de Karpentor - a ameaça da meia máscara": trata-se de um romance de fantasia em um mundo medieval fictício. Sempre quis escrever fantasia, mas por motivos que nem sei, posterguei o projeto até este momento. Agora, porém, estou começando a descrever o mundo de Karpentor, sua história e lendas, e a pensar na trama dos cinco protagonistas que se vêem forçados a lutar contra assassinos, bruxos, mercenários e espiões sem sequer saberem por quê.

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Para quem gosta do gênero de ficção fantástica, estamos passando por uma ótima fase na literatura nacional. Há cada vez mais bons autores despontando, e o sucesso de vendas de alguns livros quando sustentados por uma editora de peso já mostram que existe, sim, público para este gênero - e muito. Quem não conhece deveria ler os livros do Leandro Reis, Eduardo Spohr, André Vianco, Leandro Schulai, entre outros. Uma boa leitura eletrônica sobre o gênero de fantasia nacional é a revista fantástica (http://www.revistafantastica.com/ twitter: @_fantastica).
Para os autores: não desistam. A demanda por escritores nacionais é cada vez maior, e a experiência é um ótimo instrutor. Escrever se aprende lendo, escrevendo, e sabendo o quanto se criticar, portanto: persistência é uma chave preciosa. O mais importante, porém, é não deixar morrer aquele sentimento inicial, a chama primeira que deu o desejo de compartilhar uma história, uma cena, uma emoção com o público.
Para quem usa o Twitter, não deixe de me seguir em @DiogoDeSouza.
Nos vemos em algum universo por aí. Abraços:
Diogo de Souza.

2 comentários:

  1. Muito legal a entrevista, já ouvi falar no livro dele, mas nunca tinha lido.
    Espero ter a oportunidade de ler. ^^
    beijos

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  2. Fico feliz que tenha gostado da entrevista Lu! O livro do Diogo de Souza é muito bom, você vai se amarrar!
    Beijos!

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