Resenha: A Vidente - Hannah Howell

Título original: If he's wicked
Gênero: Romance de Época
Páginas: 224
Editora: Lua de Papel
Classificação: 4/5

A Vidente, de Hannah Howell, é um romance de época que se passa no século XVIII, mais precisamente na Inglaterra. Conhecemos a história da jovem Chloe Wherlocke, que assim como a sua família, possui um dom especial. Chloe pode enxergar além da capacidade física: ela prevê acontecimentos que estão por vir, na maioria das vezes, bem macabros. Em 1785, ela prevê a morte de sua irmã Laurel e de seu sobrinho recém-nascido e uma conspiração contra o conde Julian Kenwood. A esposa de Julian, Beatrice, também dá à luz, mas troca o seu bebê saudável pelo sobrinho moribundo de Chloe, alegando que o filho do casal não resistiu e veio a falecer. Tudo isso para que Julian não possua um herdeiro, e que seu tio Arthur, assuma o seu posto em sua ausência. Chloe presencia a troca dos bebês e decide criar o filho de Julian, que foi deixado para morrer ao lado do corpo de sua irmã. Ela cria o pequeno Anthony escondido de tudo e de todos, alegando que ele é o filho de Laurel.

Com o passar dos anos, Chloe tem uma visão sobre Julian, em que ele corre perigo de vida. Sua esposa e seu tio estão arquitetando a sua morte. Chloe decide alertá-lo sobre o perigo que corre e o salva de uma tentativa de homicídio, com a ajuda de seu primo Leo. Julian acaba saindo ferido da suposta tentativa de ceifarem a sua vida, e permanece sob os cuidados dos Wherlocke, escondido. Ele fica sabendo que seu filho não está morto e que foi criado por Chloe com todo o carinho e amor.

A aproximação entre ele e Chloe se intensifica e vários sentimentos afloram. A atração entre ambos é inevitável e uma paixão feroz os invade. Chloe reluta, pois acha que os seus sentimentos não serão correspondidos, já que eles são de classes sociais bem diferentes, e ela se julga muito inferior a ele. Cabe a ela lutar pelo amor de Julian ou resistir com todas as forças a essa paixão...

A Vidente é o primeiro volume da saga das Família Wherlocke e nos traz uma história irresistível e bem sensual.  Hannah Howell construiu um belo romance de época, permeado por traição, morte, disputa, segredos de família e paixão à flor da pele. As cenas de amor entre Chloe e Julian são bem ardentes, de soltar faísca. Ela é uma moça pura, virginal; ele é um homem que amava a esposa e sofreu um golpe profundo da decepção, se entregando a uma vida libertina em meio à bebidas e bordéis. Por mais que sejam tão diferentes, socialmente e temperamentalmente falando, eles se completam de uma forma quase perfeita.

A única coisa que deixou a desejar no livro foi a diagramação feita pela editora. As letras são muito, mas muito pequenas mesmo, e ficam espremidas nas páginas, a ponto de não sobrar espaço adequado nem para as margens. E esse detalhe atrapalha um pouco a leitura, já que acaba cansando um pouco a visão. A capa é linda e tem um lacinho azul super fofo, mas o miolo não foi tão bem caprichado pela editora. Fora isso, é um livro ótimo, instigante e repleto de cenas hot. Recomendo, com certeza!